Trocando o bem pelo mal

Esaú trocou seu direito, líquido e certo, à bênção da primogenitura por um prato de lentilhas. Equivale a trocar um prêmio de 25 milhões de reais por prato de rabada com cuscuz e arroz. Claro que depois se arrependeu, mais aí já era tarde demais. Fortuna e poder espiritual por uma suculenta refeição! Que idiota, pastor!, você diz. De fato, não é todo dia que uma pessoa comete uma estupidez tão grande. Deixemos Esaú de lado chorando em cima do seu prato de lentilhas. Pensemos em nossas vidas. Sejamos um pouquinho egoístas para o nosso próprio bem! Será mesmo que Esaú foi o último bobo do mundo? Ou será que nós, à semelhança dele, não temos nosso apego idolátrico aos modernos pratos de lentilhas? Estamos trocando a família por amigos. Uns, cegos de luxúria, trocam as esposas por uma lambisgóia qualquer, conheço quem abandona emprego bom para ficar... desempregado! Todos os dias alguém cega e faz besteira. Ops, acho que você está pensando na besteira que fez recentemente. Trocou o certo pelo duvidoso? Jogou fora uma bênção? Desprezou um presente do céu? É. O espírito que vitimou Esaú está vivo. O importante agora é tomar muito, muito cuidado. Nunca tome decisões quando estiver muito cansado, estressado, suado ou depois de uma grande vitória. Principalmente, nunca tome uma decisão importante quando estiver sozinho. Compartilhe a visão com seus amigos e parentes. Talvez assim, você possa evitar a desgraça de jogar na lata do lixo a sua maior bênção.

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