Morre José de Alencar, o primeiro vice-presidente inesquecível do Brasil

Agora, agorinha, soube da morte de José de Alencar, para mim, o primeiro vice-presidente inesquecível do Brasil. Depois de quase duas dezenas de cirurgia devido a três cânceres, faleceu um político honesto, lúcido, bem-humorado, que nunca surtou com o poder, e no poder. Numa entrevista em 2009, José de Alencar afirmou que "não tinha medo da morte, tinha medo da desonra". Afirmou também que a doença lhe ensinou que "o homem não é nada". Boa, José de Alencar. Creio que, como bom escoteiro que foi, "sorriu da desventura". José de Alencar merece todo tributo que poder receber. O Brasil deve ter somente uma dúzia de políticos da envergadura moral e humana desse homem que, aos 79 anos, faleceu como um bravo. Minha mãe lutou quase dois anos contra a mesma doença que acabou vitimando o inesquecível José de Alencar. Como ele, mamãe dizia que vale a pena viver mais um dia. Ninguém consegue quantificar o quanto eles sofreram. Ninguém. Fica a saudade, esse sentimento extraordinário, que a gente não gosta de curtir - mas é um sentimento tão necessário para superar perdas dessa envergadura. Hoje, faleceu um homem extraordinário. Que fique a saudade! O Brasil perdeu muito. Estou sinceramente emocionado. As lágrimas que molham meu rosto são lagrimas de quem vê um bravo morrendo sem se entregar, um dos poucos valentes de nossa época. Bravo! Bravo! Bravo!

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