Bravura


Ouvi um preletor espírita falando sobre Jesus Cristo. Ele disse que Jesus Cristo veio ensinar a negação de si mesmo, a não existência, quase como se Jesus fosse um grande fraco. Ouvi mais alguns segundos e desliguei o rádio. Para mim, o Filho de Deus continua sendo um ilustre desconhecido mundo afora. Papai Noel tem uma teologia mais próxima da realidade. "Dar a outra face" para muitos entendidos significa "ser fraco". Sinceramente, não vejo fraqueza em meu Salvador. Vejo bravura. É preciso ser bravo para enfrentar a inveja e a maldade dos pricnipais da sinagoga, para tentar ensinar alguma coisa que valha a pena a aldeões ignorantes e servis, para desafiar as hostes infernais do mal. Jesus foi - e é - o meu exemplo máximo de bravura. Mais que Davi, muito mais que Sansão, infinitamente mais que Gideão. Jesus vivei sabando como e quando morreria. Jesus morreu vendo sua mãe dilacerada de dor aos seus pés. Jesus foi traído e vendido por quem, durante mais de três anos, abençoou. Jesus experimentou a pior morte, a morte no madeiro. Jesus sofreu a humilhação de ser cuspido, de ver sua reputação ser rasgada, de sentir-Se só contra os mais insensíveis monstros de sua época. Isso não tem nada de fraqueza, tem? Bravo, meu Jesus foi valente! Eu e você precisamos também dessa valentia. Somos discípulos do Mais Bravo de todos os homens. Leônidas e seus 300 espartanos foram eternizados pela sua bravura. Jesus muito mais - e estava sozinho! Você precisa ser bravo diante das afrontas de Satanás. Preisa ser bravo na hora da morte. Precisa ser bravo para manter seu casamento. Precisa ser bravo para trazer o pão para a mesa de seus filhos. Precisa ser bravo para não sucimbir diante das enfermidades da alma. Precisa ser bravo para viver, preservar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Precisa ser bravo para não cair de joelhos diante de Mamon. Precisa ser bravo para não temer nada, nem ninguém. A marca mais conhecidas das ovelhas é a mansidão. Mas, nunca confunda mansidão com fraqueza. Talvez seja justamente o contrário: bravura indômita.

Nenhum comentário: