Às ovelhas, com amor*


Se conhecêssemos o Novo Testamento de cor, se ouvíssemos seus trovões soando em nossos ouvidos, distinguindo-os dos sons tolos e das sirenes persuasivas do mundo, se soubéssemos de cor ao menos uma sílaba de uma palavra dentro de uma sentença do Sermão do Monte, se déssemos ouvidos à voz da Águia de Patmos, se crêssemos que nos deixarmos ser amados por Deus é mais importante que amar a Deus, nunca mais toleraríamos as maquinações de religiosos manipuladores que distorcem a face de Deus. Nunca mais os que caíram seriam humilhados publicamente diante da congregação. Nunca mais pregadores destemperados teriam autorização para aterrorizar pessoas nos bancos das igrejas. Nunca mais nos colocaríamos ao lado de celebridades clericais e nos curvaríamos aos ricos e poderosos. Nunca mais a primazia de amar estaria subordinada a uma suposta ortodoxia.
* Brennan Manning em “A sabedoria da Ternura”.

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