onde os mais fracos tem vez

Eu tenho um pendor para torcer pelo mais fraco, o menos capaz, o azarão. Gosto de assistir filmes onde o “artista” morre no fim, entendo o drama do anti-herói, me identifico com quem beija a lona, entendo o ocaso na vida dos grandes personagens que tombaram feio no caminho... Por exemplo, assisti 300 trezentas vezes, pois, para mim, há derrotas melhores que muitas vitórias. Talvez seja meu temperamento. Talvez seja por causa da minha baixa-estima. O fato é que entendo e me compadeço do revés sofrido por Sansão, Davi, Pedro, Jefté, Elvis Presley... Pensava que era só eu que tinha essa preferência virtuais pelos perdedores. Numa recente reportagem na revista Veja, o repórter afirma que esse sentimento é muito comum. A gente acaba torcendo pelo mais fraco porque sabemos que a humanidade é fraca. Somos barro.Poucos de nós se sobressaem. E, quando um fraco se agiganta informa que a gente também pode ser alguém. No nosso mundo “os fracos não tem vez”. Para muitos, só a medalha de ouro interessa. O segundo lugar é para os fracos. Muita gente quer o nome encabeçando a lista, quer o reconhecimento, quer o podium, almeja o estrelado – nem que para isso tenha que ficar de quatro e beijar a pata do diabo. Me acompanhe até o Trono do Senhor. Ele é o Grande. Ele é o Eterno. Ele é o Único. Ele e o Vencedor Invicto. Mas, fez a opção pelos fracos, pela humanidade, pelos pecadores. Eu tenho pendor pelos mais fracos. Deus ama os mais fracos. Eu tenho simpatia pelos pequenos. O Senhor não despreza o quebrantado e contrito. Eu tenho pena dos pequenos. Meu Salvador, não parte a cana quebrada nem apaga o pavio que fumega. Eu me sinto bem com os anti-heróis. Meu Senhor ama os “vermezinhos” de Jacó. Sabe onde os mais fracos tem vez? No coração do Aba.