Rose


Assisti Parque Gorki, baseado na obra de Martin Cruz Smith, quando tinha 15 anos. Não entendi bem a trama política, na época, mas lembro que foi um filme que ficou marcado em minha memória. Amaria assistir o suspense novamente, até mesmo para continuar sem entendere nada, somente pelo gosto de voltar ao passado. Comprei um dos livros mais recentes de Martin Cruz Smith, Rose. Leitura surpreendente, escrito com fina ironia pelo autor de Estrela Polar. A história se passa na Inglaterra, em 1872. Jonathan Blair, um americano recém-chegado de uma aventurada na África, é contratado para descobrir o paradeiro de um religioso, muito dado à leitura da Bíblia e idealista, que sumiu de uma cidade carvoeira, no mesmo dia em que setenta e seis operários que trabalhavam nas minas morreram num grave acidente. O livro mistura três gêneros, magistralmente entrelaçados: romance, aventura e suspense. O choque das visões de mundo acontece o tempo todo. Principalmente, quando a gente percebe o quanto religiosos podem ser frios, covardes, exploradores, cínicos e... carentes, em todos os sentidos. Um livro para ler e não esquecer tão cedo.

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