A doença do meu irmão


O irmão mais próximo de mim morreu quando foi acometido de um tipo de câncer raro que ceifou sua vida aos 43 anos. Mas, durante toda sua vida, ele sofreu de uma doença incurável que era confundida com tique nervoso: piscava fortemente os olhos, balançava a cabeça com força e, mesmo sem falar, sua mandíbula não parava de se mexer. Lendo o Diário de Pernambuco de 7 de maio de 2010, na página de saúde, há uma extensa reportagem sobre a distonia, que "é o termo usado por neurologistas para descrever um grupo e doenças caracterizadas por espasmos musculares involuntários, que produzem movimentos e posturas anormais". Pode ser de causa genética ou conseqüência de uma doença, acidente ou problemas no parto. A doença não tem cura, apenas tratamento para diminuir as cntrações involuntárias. Eu só posso imaginar o sofrimento de meu irmão na escola, quando adolescente, na sua fase jovem. Ele foi zombado riducularizado, discriminado, maltratado... sem poder fazer absolutamente nada! A vida que meu irmão levou deve ter sido terrível e solitária. "Deixa de balançar a cabeça, idiota!" Como se fosse questão de querer e poder. Lamentei o sofrimento que acometeu Ricardo. Apesar disso, ele morreu como professor da rede pública estadual de Pernambuco. Segundo a escola, um excelente professor. Imagine como sofreu: uma doença estigmatizante na década de 1960,1970. Eu amei Ricardo, hoje o amo mais. Foi um anti-herói, vítima de uma doença incontrolável e cruel. 50 em cada 1 milhão de pessoas tem essa patologia. Eu me curvo diante de vocês e pergunto: "como posso ajudar?" Leia a reportagem completa:

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