O mal de Belsazar


Quando o mal que atingiu e quase desgraçou Nabucodonossor também estava prestes a fulminar o reino de Belsazar, Daniel foi direto ao assunto: o problema dos dois fora o orgulho. Leia as palavras de Daniel: “Ó rei, Deus, o Altíssimo, deu o reino a seu pai, Nabucodonossor, e lhe deu também poder, glória e majestade. O poder que Deus lhe deu era tão grande que todos os povos do mundo tremiam de medo na presença dele. Se ele queria, matava uma pessoa; ou, se queria, deixava que vivesse. Elevava uns e rebaixava outros. Mas ele ficou tão vaidoso, tão teimoso e tão cheio de si que foi derrubado do poder e perdeu toda a sua glória (Daniel 5.18-20). Viu como o orgulho afetou Nabucodonossor? Primeiro, ele ficou “tão vaidoso”. Aqui, onde moro, as pessoas chamam vaidosos de pabulosos. Se pabular é contar vantagens, publicar o quanto é forte, inteligente, articulado, vencedor... Depois ele ficou “tão teimoso”. Não sei por que a palavra teimoso sempre me faz lembrar de um asno, um jumento, um burro. Fulano é tão teimoso quanto uma mula! Teimoso é aquele que não aceita conselho de ninguém, que faz o errado pensando que é certo. E, quando dá com os burros nágua, inventa uma desculpa ao invés de pedir desculpa. Finalmente, rumo à lona, ele ficou “tão cheio de si”. Ninguém fica tão chato quanto quando está cheio de si. Uma pessoa cheia de si mesmo é tão... vazia. Pensando que é o centro do Universo, não passa de um grão de areia. Eis, portanto, a que o orgulho nos leva: a um mundinho de auto-elogio, total ignorância e cegueira absoluta. A soberba é uma porcaria.

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