Quando eu era menino, pensava que papai era o homem mais sabido do mundo. Quando tinha 16 anos eu cheguei a conclusão que eu era o cara mais esperto e sensível do planeta. Depois, passei a achar que havia exagerado na análise e que sabia "somente" mais que a média da humanidade. Agora confesso, consternado: não sou um gênio. E isso me libertou! Aprendi que "ser sabido" é menos importante que "ser". Não sou tão inteligente quando pensava. Quero, por isso, confessar que sei muito pouco. Eu não sei quando será o arrebatamento da Igreja. Não sei quando vou morrer. Não sei o limite da maldade humana. A cada dia me surpreendo com uma nova forma de brutalidade, intimidação ou com quanta falsidade pode conter uma singela saudação. Não sei o tamanho do amor de Deus por mim. Essa é uma das poucas coisas que desconheço e que agradeço ao Senhor pela minha total ignorância! Paulo tentou em vão falar da profundidade, da largueza, da enormidade desse amor e ficou apenas na superfície do assunto. Não posso assegurar quando a vida vai me ferir de novo. Quer saber? Prefiro confessar minha ignorância que ser um "sabe tudo". O "sabe tudo" é aquele que tem respostas pré concebidas para as perguntas que ninguém mais está fazendo. "Já sei", repete como um mantra. O cristão sabe tudo sabe tudo sobre Deus (!), sabe tudo sobre os sentimentos e reais motivações dos outros (!) e sabe tudo sobre tudo (!). Prefiro "não saber" que um" saber" que me torne chato, pernóstico ou ímpio. Não saber tudo acabou sendo uma das maiores bênçãos de minha vida.
Um comentário:
Pastor Geraldo, eu também nada sei. Eu também decidi não dar resposta alguma a ninguém, a menos que queiram saber minha opinião do momento. Saber tudo, ou querer saber tudo, é um peso insuportável.
Porém, pastor, continue escrevendo sobre o que sabe, isto nos ajuda a saber um pouco mais. Muito obrigada.
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