Eu estou triste

Eu estou triste (escrevo este texto no dia 1o. de janeiro de 2010) . Quero confessar isso aqui. É verdade: sinto uma tristeza que dói. A sensação é que fracassei. Talvez essa melancolia se origine de minha vontade de fazer tudo certo, colhendo sempre os melhores resultados. Talvez eu tenha me acostumado somente com a vitória. Talvez a origem dessa angústia que congela minha alma seja por causa de minha baixa auto estima. Sou caçula de oito irmãos. A meu ver, eles eram o máximo e eu, ainda sou mínimo (aqui, outra confissão: alguns de eus irmãos seria um pastor muito mais encorpado que eu. E com folga). São sete horas da manhã e eu dormi mal. A mensagem que preguei, na noite de ano novo, "dez atitudes para crescer" teve um tópico digno dos melhores momentos do profeta Elias. Bati forte, chamando de ladrões, quem usa o nome de Deus e do Evangelho de Jesus para vampirizar e abusar do povo de Deus. Me lembrei de Jesus entrando no templo e derrubando tudo. Falei dos assassinos da Graça, que matam o filho para se apossar da vinha do Pai. Minha tristeza advém da convicção que o povo de Deus não tem convições. Para a maioria, todos os pastores que estão na televisão são homens de Deus. A tela da tv agora santifica? Fiquei triste e acho que sei o motivo: muita gente não sabe distinguir a meia-noite do meio-dia. E eu me sinto só, uma voz no agreste. (Em terra de cego, quem tem um olho não vira rei: sofre mais.). Me apresso, porém, a registrar: Continuarei pregando somente o Evangelho, somente o Novo Testamento, somente a Verdade que liberta: Jesus. Não solicito que tenham pena de mim. Deus cuida dos seus. Somente olhe, sinta e lamente o estrago que os legalistas, os vendilhões do templo e os religiosos fizeram no arraial evangélico. Ele está desfigurada. Não me admira a indiferença que despertamos no resto da sociedade.