Estou lendo "O livreiro de Cabul" da jornalista que viveu durante meses com uma família típica afegã. O livro é elegante, poético e terrível de se ler. Uma viagem ao inferno que é nascer mulher numa cultura islâmica. Deve ser triste casar à força com 16 anos com um viúvo de 50 anos e 10 filhos, sem nunca tê-lo visto antes na vida. Mas, vamos ao que quero compartilhar com você: no capítulo "O paraíso negado" a escritora Asne Seierstad descreve os 16 decretos que o Talibã criou para mergulhar o Afeganistão nas trevas. Arrepie-se comigo, lendo somente alguns:
É proibido às mulheres andar descoberta. É proibido soltar pipas. Música e dança são proibidas em festas de casamento.É proibido a alfaiates costurar roupas femininas ou tirar medidas das mulheres. Foi, também, divulgado um apelo às mulheres de Cabul: Mulheres, vocês não devem sair de casa. Caso precisem sair, que usam a burca. O Talibã não estava de brincadeira: mulheres eram chicoteadas, jogavam ácido no rosto delas ou atiravam em suas pernas, caso desobedecessem as ordens dos "santos, santos, santos" líderes islâmicos. Graças a Deus, estamos no Brasil. É verdade. Mas, as leis contra as mulheres vigaram ainda hoje em muitas igrejas ditas "santas, santas, santas" evangélicas. Senão, vejamos: é proibido mulheres sentarem juntos dos homens no culto, é proibido usar maquiagem, é proibido ser pastora, é proibido usar calças compridas, é proibido mulher se vestir de forma elegante, é proibido mulher tomar banho de mar ou piscina... é proibido soltar pipa!
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