Tem problemas que tem solução. Podem ser resolvidos, equacionados. Mas, na vida, há becos sem saída. Sem saída mesmo. Por mais que a gente ore, por mais que sejamos sinceros, por maior que seja o nosso esforço, seremos contrariados. Às vezes, a gente só consegue, no máximo, tentar administrar o caos. Só tentar. Quando perdemos quem a gente ama visceralmente ou quando a aflição dói sem remédio e sem alívio, o que fazer? Fingir que nada está acontecendo ou que não estamos em crise existencial é meninice. Diante de humilhações, trairagens, quedas, fim de relacionamento, morte, separação, doença em estágio terminal ou a gente assimila a dor e crê que o Senhor sabe o que está fazendo quando não faz nada para mudar a nossa sorte ou a gente vira cínicos e ateus práticos na mesma hora – mesmo afirmando mil vezes que somos “cristãos”. Nada prova tão bem a nossa fé quanto a muita prosperidade ou a adversidade severa. Na última, a gente pergunta (raramente) e se pergunta (é nossa mais importante oração) onde está Deus que libera tamanha injustiça contra nós. Deus só pode ser injusto ou não existe quando quem foi jogado na fornalha de fogo ardente foi... a gente! Pouco importa que tenhamos contribuído para nossa desgraça. Pouco importa que Deus saiba o que está fazendo. Queremos a solução rapidamente, agora, já! Só que tem coisas que não tem jeito. É injusto, é covardia, me atropelaram... Mas, Deus não vai ser seu instrumento particular de vingança. Não conte com Ele para ser inimigo de seus inimigos, simplesmente pelo desentendimento que tiveram. Deus sempre recompensa os humilhados. Deus sempre punirá os malévolos. Mas, não agorinha nem do jeito que você quer.
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