A infinita capacidade de não se enxergar


É incrível, mas a gente não se enxerga. Somos de uma miopia abissal quando o assunto é ver o que vai dentro do coração da gente mesmo. Mas, quando o assunto é o pecado dos outros, a gente se torna expert... sabemos tudo, compreendemos a mente do outro, analisamos suas reações, tiramos conclusões, julgamos, damos a sentença e a executamos. Afinal, ele mereça, ela não nos engana. Quando se trata da gente, somos condescendentes. Quando o assunto é os outros, somos juizes togados do Supremo Tribunal Galáctico. Só tem artista no mundo. Cadê os culpados, os que admitem que falham, os que erram, os que falharam? A bíblia diz que não há um justo, um sequer. Procure um homem ou uma mulher que confesse seu pecado sem no fim dizer “mas” ou “porém” e eu te mostro um homem e uma mulher confiáveis. A gente sempre tem na ponta da língua uma desculpa para nosso pecado. Somos todos santos, injustiçados, invejados... há um complô contra nosso sucesso, ora! Invocamos a herança maldita como justificativa para nosso mau gênio, vilania, maledicência, ganância e hipocrisia. Sou evangélico há 22 anos, pastor e líder da Maranata há 11 anos. Quando converso com gente que diz que sente muito pelo pecado cometido, que se pudesse faria tudo diferente, que quer ser perdoado e que entende a extensão do mal causado, fico admirado. Esse é crente de verdade. Para esse há perdão de Deus. Para todos os outros - cegos, cegos, cegos – a solução é orar em secreto por eles. Se o Senhor não descerrar as escamas de seus olhos, de jeito nenhum serão tratados, limpos e finalmente curados.

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