Um dos campos mais interessantes de estudo, negligenciado pelos teólogos, é sobre a mentalidade dos religiosos, notadamente dos religiosos fariseus. Como um fariseu pensa? O que passa na cabecinha de um legalista? Quais são as lógicas, os processos mentais, as deduções e conclusões de um escriba? A Bíblia diz que os pensamentos dos homens não são os pensamentos de Deus. Nem os caminhos de Deus são os caminhos dos homens. Na verdade, fica claro na vida e na Palavra, que há caminhos que a gente pensa que são veredas da vida. No entanto, no fim e ao cabo, se revelam caminhos de morte. Isso, com relação ao homem natural. Tendo em vista o farisaísmo, a coisa é bem pior. Os fariseus pensam que são superiores aos cristãos (escrevi certo, quem disse que fariseu entra no céu?). Os fariseus pensam que legalismo, ascetismo e severidade evidenciam santidade. Os fariseus pensam que a Lei é a mais pura manifestação da Graça, coitados. Os fariseus pensam que estudar sobre deus equivale a amar Deus. Os fariseus pensam que podem enganar a Deus com suas performances carismáticas. No máximo, conseguem iludir os crentes ameninados, superficias e massa-de-manobra. Os fariseus pensam que não tem mais jeito para quem pecou. Os fariseus pensam que demonstrar sensibilidade com o pecador é ser conivente com o pecado. Os fariseus pensam que podem presidir tribunais de exceção – analisando, julgando e condenando ao inferno. Os fariseus pensam que agradam a Deus com sua veneração ao templo, a denominação e a sua “teologia”. Os fariseus pensam que Deus lhes facultou o poder de amaldiçoar quem pensa diferente deles. Os fariseus pensam que são. Eles pensam que sabem. Pensam que podem. Eles até pensam que são filhos de Deus.
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