Bênçãos rejeitadas


Todos nós queremos ser abençoados. Muitos de nós desprezamos as bênçãos depois que as recebemos. Não é uma tragédia? Oh, horrível condição humana para produzir a própria miséria. Jogar fora o que tanto ansiamos ter ou ser? A Bíblia está repleta de gente boa que se transformou em vilão ao desprezar o melhor de Deus para suas vidas. Lembro de Adão e Eva. Trocaram o paraíso pela maligna presunção de ser conhecer do bem e o mal. Não me esqueço de Saul. De rei a escrevo das trevas. Quem não lamenta quando se recorda de Davi, jogando a alegria da salvação fora por uma experiência sexual fugaz com a mulher de um de seus amigos? Quem é tão macho que não chore com o choro de Sansão, forte de Deus que foi derrotado pelo encanto da frágil Dalila? Apesar de ser o judeu mais odiado do mundo, a vida de Judas Icariotes me faz lembrar as palavras do apóstolo Paulo: aquele que está em pé, olhe que não caia, e um calafrio percorre minha espinha. Há homens e mulheres que desperdiçaram o melhor de Deus para suas vidas. Entre eles, muitos reis, sacerdotes e profetas. Olhe ao seu redor: quantos estão, neste exato momento, trocando o certo pelo duvido e, pior, pelo pior? Quantos estão afundando o ministério, o casamento, as finanças e a vida na lama? Quantos não podem culpar o diabo pelos seus fracassos – mas a si mesmos? (poucos tem maturidade para reconhecer que foram piores que o diabo para si mesmos. Preferem culpar os pais, os irmãos em Cristo, o cônjuge a bater no peito e confessar: miserável homem que sou). Saul trocou a benção da primogenitura por um prato de feijão. Não troque a bênção de uma vida toda pelo prazer de um único momento. É assim que a gente subtrai da gente o melhor de Deus pra gente.

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