Falta sabedoria no mundo religioso. Poucos seres são tão estúpidos quanto os que se deixam vitimar pelo legalismo religioso. Muitas vidas foram e são ceifadas por causa do rigor - que eles teimam em chamar de santidade. Uma das mortes que mais lamento é a morte do romantismo no seio da igreja. Quando os casais se convertem são logo ensinados a jogar fora ou queimar os cd's de músicas românticas. Dizem que é música do "mundo". No máximo, podem ouvir as músicas "de amor" de Cassiane e Jairinho (Argh!). De imediato, o amor romântico do casal sofre um atentado sem precedentes. Não creio que o amor entre duas pessoas que se amam seja pecado, seja carnal, seja coisa do diabo. As músicas que embalaram o namoro e o noivado de muitos cristãos não deveriam ser descartadas como "coisa do inimigo".Para mim, coisa do inimigo é concorrer para tornar um casamento estéril. Onde reside Satanás na música tema de "Titanic?". Cadê o pecado nas músicas que celebram a união entre duas pessoas que se amam e falam de seus sentimentos um pelo outro? Onde não há romantismo não existe casamento. Claro que a maioria das músicas de hoje é lixo. Não estou falando delas. Estou falando da musicalidade pura que embala o relacionamento de gente decente. Tirar a trilha sonora de um bom relacionamento é como tirar o som de um filme ou as letras de um livro. É por isso que muitos casamentos evangélicos estão falindo: no lugar de ouvir uma canção de "Roupa Nova" enquanto se amam muitos casais "santos" estão se detestando ouvindo as músicas de Carvalhaes. Tem tempo para tudo debaixo do sol. Os fariseus berram que não existe tempo para ser feliz debaixo dos lençois. Eis mais uma diferente entre os discípulos de Jesus e os fariseus: onde eles veêm um escândalo eu vejo uma bênção.
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