As confissões de Schmitd


O que você vai fazer quando, com 65 anos, olhar para trás, já aposentado, e perguntar: "que diferença eu fiz?" E a resposta for "você não fez diferença nenhuma para ninguém: você é patético". No filme "As confissões de Schmitd", que teve duas indicações ao Oscar (Melhor ator, Jack Niclholson e Melhor atriz coadjuvante, Kathy Bates, ambos excelentes atores), um senhor recém-aposentado, percebe aos poucos que sua vida certinha fora uma vida jogada fora. Uma vida patética. Por mais que elabore as desculpas para que tudo tenha sido do jeito que foi, sua vida não passou de um total desperdício. Ele ainda tenta evitar que a pessoa que mais ama tenha uma vida tão medíocre quanto a dele. Ele tenta mudar os últimos dez anos de sua própria vida. Ele até tenta dar algum sentido à sua existência. Mas, como ser um vencedor se ele foi um fracasso por tanto tempo? Como mudar a vida depois que a vida se foi? São tentativas tão ridículas quanto dramáticas. Schmitd somos todos nós, da geração shoppinp center. Quantos crentes Schmitd. Que diferença você está fazendo? Depois que você morrer quem se lembrará de você com ternura? E pior: por que fazemos tanta besteira? Por que somos tão cegos para o que realmente importa? Como, pensando que somos pessoas de bom senso, na verdade, somos tão idiotas? O diretor Alexander Payne nos entregou um grande filme em 2002. Um grande filme.

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