Salem, Massachusetts, 1692. Um grupo de adolescentes são flagradas num ritual espírita. A comunidade, puritana até na hora de escovar os dentes, convoca autoridades religiosas e políticas para expulsarem todos os demônios. Começa, então, uma caça às bruxas que acaba revelando como a religião pode ser maligna, insensível, facilmente manipulável, desumana e cruel e, aí sim, anticristã. O filme, que teve origem numa peça de Henry Miuller, de enorme sucesso, foi dirigido em 1996 por Nicholas Hytner, tendo Daniel Day-Lewis , Winona Ryder , Paul Scofield , Bruce Davison , Rob Campbell no elenco. Creio que As bruxas de Salém, baseado numa história real, é o filme para quem gostaria de saber como pensava e agia o fariseu médio e uma cúpula religiosa que do Evangelho não conhecia nem o cheiro no século XVII. Dá pena em ver como os "estudiosos da teologia" foram totalmente enredados numa teia de mentiras e ilações. Mas, também da ódio de como a palavra "amor" não existe no vocabulário daqueles que usam a, vamos lá, fé para oprimir e abusar das pessoas. É claro que o extremismo islâmico é cruel. É também óbvio que rituais que inspiram um adulto a enfiar 30 agulhas em uma criança de cinco anos não é o que chamo de bela prática religiosa. Mas, nada disso justifica a iniquidade praticada em nome do Evangelho. Os extremistas cristãos são também uma vergonha. Mas, antes de me enojarem, a lista dos pecados dos fariseus quase não tem fim: manipulação, opressão, covardia, tirania, malignidade, assassinato... As bruxas de Salém foram os "santos" homens de Deus! Imperdível para quem quer saber como é o DNA dos fariseus de nosso tempo. Mas, só se você tiver estômago.
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