Li um texto sensível e interessante do Pastor Ricardo Gondim. No artigo, ele diz que perdeu sua fé. As razões dele são, pelo menos, muito pertinentes. Eu confesso: também perdi minha fé. Há muito que perdi minha fé na “bondade” humana. O homem é mau, como dizia Luiz Gonzaga. Conheço crentes que são capazes de almoçar bem e dormir bem enquanto fazem muito mal a um pequeno que teve a desventura de se indispor com o “ungido do Senhor”. Perdi minha fé na religião, faz tempo. A religião produziu os piores canalhas que conheço e corrompeu muita gente que tinha um futuro brilhante. Os não religiosos podem ser cruéis, mas os religiosos constantemente os superam em hipocrisia, fingimento, vilania, preconceito, sutilezas do diabo. Não é à toa que Jesus fez menção à “Sinagoga de Satanás”. Eu perdi minha fé no “deus” portátil. Aquele que a gente vê, carrega em procissão, limpa, aspira o pó, substitui quando cai e quebra. Tinha uns 17 anos quando descobri que o Senhor não dá sua glória a ninguém, nem seu louvor às imagens de escultura. Nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura e rogam a um deus que não pode salvar. Eu perdi minha fé na Deusa fortuna. O dinheiro pode muito, mas não pode o essencial. Se para ficar rico eu tiver que negociar minha lealdade e minha gratidão a Jesus Cristo, recuso-me a beijar a pata do diabo. Mamon não tem domínio sobre mim. Eu perdi minha fé no Deus hostil a mim. Aquele que, escreveu e não leu, o pau comeu. O deus palmatória não me mete mais medo, não me acordo coberto de suor depois de ter um pesadelo com ... Deus! Deus, para mim, é Paínho, meu Abba. Ele me ama com amor eterno. Não é um vírus, um terrorista cósmico, um caçador de mesquinharias. Nele, a gente pode descansar. O Evangelho me traz paz, não arrepio de horror. Uma coisa incrível aconteceu, então. Perdi todas essas “fés”, e me tornei um homem de fé mais robusta. Vejo a humanidade com olhos de misericórdia, a mim mesmo com simpatia e a Jesus Cristo com profunda gratidão. Perdi muito... para ganhei muito mais.
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