Ouvi o promotor Francisco Cembranelli dando uma entrevista coletiva sobre a prisão de Nardoni/Jatobá, os inocentes que mataram uma menina de cinco anos. Com atenção. A melhor fala? “Todos podem esquecer o Caso Isabella, mas eu jamais esquecerei. Honrarei sua memória”. Aplaudi de pé. Gosto de gente serena, que sabe o que faz, que não se intimida diante de um trem carregado de dinamite. Escrevi nesse blog que somente a polícia estava honrando Isabella. Agora acrescento o Promotor Francisco Cembranelli na lista dos heróis desse caso. O juiz podia demorar uma semana para pedir a prisão do casal, demorou uma hora. Um sinal de que existe gente farta de tanta impunidade. Detesto o justicismo, tenho nojo de ver linchamento, não gosto do circo. Quero, entretanto, viver num pais minimamente justo, um lugar onde um assassino saiba que vai ser pego e saiba que vai mofar no xilindró. A relação social deve ser regida pela Lei, não pela Graça. Há um grupo novo de promotores, procuradores e juízes. São jovens, como Francisco Cembranelli, que poderão arejar nossa Justiça. A morte de Isabella me chocou como nenhum outro assassinato. Ela parece muito com minha filha Renata, quanto tinha a mesma idade. Talvez por isso eu tenha sofrido tanto. Francisco Cembranelli disse o que eu precisava ouvir. Posso, pelo menos, descansar na certeza de que os carrascos de uma criança de cinco anos serão, senão punidos, pelo menos assombrados pelo promotor. Nardoni, olha o Cembranilli!! Jatobá, lá vem o Cembranelli!
Um comentário:
Este promotor é sinal do Reino de Deus na terra. Aleluia.
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