“Receberemos o bem de Deus, não receberíamos também o mal?” Essa pergunta de Jó à sua mulher é de uma lógica cortante. E a análise dela revela o coração de um homem que adora mesmo é ao Senhor. Capaz de chamar a esposa de “doida”, Jó é incapaz de deixar de confiar em Deus – mesmo em face da mais contundente dor. Recebemos o bem de Deus com todo prazer e, geralmente, sem esboçar nenhuma forma de gratidão. Parece que O Senhor faz um favor a Ele mesmo, nos cumulando de bênçãos, livramentos e prosperidade. A maioria recebe de bom grado os cafunés de Deus. Mas, balançamos os braços, viramos as costas, ficamos magoados quando o presente de Deus vem em forma de tribulações, provas, rejeição, dor, angústia, mal. Nos recusamos a receber tudo de Deus. Somente tudo que entendemos como bom e valioso. Em tudo daí graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Outro texto que causa enjôo nos pregadores da teologia da prosperidade. Em tudo de bom daí graças. Em tudo de bom. Quando o mal, permitido por Deus, nos alcança, muitos perdem a fé, retrocedem, murmuram, brandem os punhos para o Senhor, ficam magoadinhos com o Senhor. O crente verdadeiro aceite tudo, glorifica a Deus em tudo, e tem a convicção que Deus sabe o que é melhor para nós. Olhe direito e você verá que o mal que lhe sobreveio tem se transformado em bem, para o seu bem.São as adversidades que nos tornam mais sensíveis, humanos, misericordiosos, poupadores, íntimos do Senhor. Receba o bem de Deus com louvor. Receba o mal de Deus com sacrifício de louvor. Mas, pelo amor de Deus, o que vier de Deus, receba.
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