Geralmente, a igreja profetiza para o mundo. Denuncia o que está errado, propõe conserto, exige mudanças. Hoje, gostaria muito que a igreja no Brasil se sentasse para ouvir uma poesia de Rui Barbosa. Eu li a poesia que se segue quando tinha 15 anos. Ela foi impressa no boletim da minha escola - um documento em forma de Carteira de Trabalho que a gente levava todo dia para ser carimbado "presente", registrado nossas notas e até nossos "deslizes". Chamo o não crente Rui Barbosa para gritar dentro do arraial evangélico. Que sua voz ecoe na alma de cada líder, de cada crente, de cada discípulo. Rui Barbosa estava falando para toda a sociedade brasileira, que naquele tempo já era medíocre, corrupta e fingida. A credibilidade de nossa mensagem passa necessariamente pela qualidade de nosso conteúdo cristão. Senão não há mensagem floreada que encubra o mal cheiro de nosso testemunho. A ele:
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se
os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
Rui Barbosa
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se
os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
Rui Barbosa
A igreja brasileira vive obcecada por avivamento quando, na verdade, o que nos falta é somente arrependimento.
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