No tempo que Amós profetizou havia prosperidade em Israel. Não para todos, mas para uma parcela da população, a vida era uma beleza. O sacerdote e o rei viviam, aparentemente, bem com Deus. Exteriormente, o sacerdote cultuava, sacrificava, tocava as “coisas de Deus” com naturalidade e normalidade. O rei também estava se dando muito bem. O povo, apesar das condições de vida difíceis, participava das festas religiosas e aparentemente estava contente. Só Deus não estava gostando. Na verdade, não estava nada satisfeito. Usou Amós para profetizar ao seu povo. O rei era leniente, o sacerdote era corrupto, o povo era indiferente. O Senhor usou um boiadeiro para censurá-los e acordá-los. Para início de conversa, Amós não era profeta profissional. Era boiadeiro e até pouco tempo, tirava carrapato de vacas. Mas discerniu a Palavra de Deus, coisa inexistente em seu tempo. “Assim diz o Senhor”, disse. “Não suporto as festas religiosas de vocês. O culto de é mecânico, tedioso e nervoso. Não cantem mais para mim, vocês cantam e me deprimem! O deus de vocês é o dinheiro. Preparem-se para um dia se encontrar comigo. A vida religião de vocês é a pior forma de iniqüidade de vocês! O rei ficou incomodado com as profecias do boiadeiro e pediu para ele pregar longe de seu reino. O reino dele era mais importante que o Reino de Deus. Precisamos voltar a ouvir a voz profética de Amós. Ela é urgente, necessária e instigante. Chega de profissionais do púlpito, chega de donos de igrejas, chega de presunção e soberba religiosas, chega de artistas gospel. Grita, Amós, grita! Talvez assim a gente se acorde do pesadelo em que vivemos.
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