O amor e a fúria


Um dos dramas que mais me emocionaram foi O amor e a fúria. Não sei porque me lembrei dele esta semana. Senti vontade de indicar este filme extraordinário, de baixo orçamento, mas com atuações simplesmente sensacionais. O amor e a Fúria foi filmado pelo neozelandês Lee Tamahori em 1994. O filme se tornou um sucesso tão estrondoso que Lee Tamahori foi incorporado por Hollywood, onde fez um relativo sucesso em filmes. Sucumbiu aos roteiros medíocres. Deixa pra lá. O que importa é sua obra-prima: O amor e a fúria. O roteiro, escrito por Riwia Brown e Alan Duff, conta a história de Beth (Rena Owen), uma mulher que largou sua herança maori por amor a Jake (Temuera Morrison, numa atuação digna de oscar), um homem que não consegue controlar suas explosões de ódio e raiva. Oito anos e cinco filhos após o casamento, eles mantêm acesa somente uma intensa paixão sexual. Mas Jake começa a beber e a extravasar sua violência em casa. Beth tem de tomar uma decisão radical ou ver sua família sucumbir sob intensos ataques de fúria. Quando Jake fica furioso, a gente quase vê faíscas saindo de seus olhos. A trilha sonora, com acordes de agonia e terror, pontua com maestria as sessões de pancadaria tão reais como se fossem violência doméstica mostrada ao vivo. É impossível ficar indiferente ao sofrimento de uma mulher que apanha de um homem por quem renunciou a tudo para viver um grande amor. Todos deveríamos assistir O amor e a fúria. São desses filmes que ajudam mais o relacionamento que dez mil encontros de casais.

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